Uma surpreendente e aconchegante viagem a cidade Paraibana Bananeiras

Foto: Washington Cirne

Você já ouviu falar em uma Cidadezinha chamada Bananeiras? Se não, aperte os seus cintos que te levarei comigo em um final de semana maravilhoso em uma Cidade rica em cultura, religiosidade, gastronomia, e muita gentileza dos moradores.

Bananeiras é um Município Brasileiro do Estado da Paraíba, localizada na Serra da Borborema, região do Brejo Paraibano, à 141 km da Capital João Pessoa e 150km de Natal/RN. Com altitude de 526 metros, Bananeiras possui clima mais ameno que a média do agreste Paraibano.

Foto: Washington Cirne

Clima gostoso, agradável como o Sul Europeu. Bananeiras chega a 28°C no verão e 10°C no inverno. Já fomos bem recebidos por esse “climinha” gostoso. Na noite de sexta-feira, um bom vinho e o melhor bacalhau da Cidade, feito pela Chef Neide Lisboa – que por sinal é muito simpática e agradável – foi a nossa pedida. O restaurante Terraço Lisboa tem uma das melhores vistas da Cidade e vinhos de muita qualidade.

Terraço Lisboa.

Manhã de sábado foi aquele dia oficial do city tour pela Cidade. Contratamos um guia, o Jovem Washington. Muito atencioso, educado e inteirado no que se refere a cultura e atualidade da Cidade. Conhecemos o colégio das Dorotéias (Carmelo), que foi construído em 1917. Mantém as linhas arquitetônicas originais. Educou “a elite feminina” de boa parte da Paraíba e do Nordeste, até os meados da década de 1960, quando ainda funcionava como internato. Hoje é da diocese e alugada para a prefeitura do município funcionando como Escola do ensino fundamental atendendo alunos da primeira e segunda fase. A Igreja de Nossa Senhora do Livramento – Sua construção durou em torno de 20 anos. Foi concluída em 1 de janeiro de 1861 e o Cruzeiro de Roma – localizado no Sítio Lagoas Do Matias .

Foto: Washington Cirne

Bananeiras foi o maior produtor de café da Paraíba e o segundo do Nordeste. Em 1852, o café de Bananeiras rivalizava em qualidade e aceitação com o de São Paulo. Aqui, produzia-se um milhão de sacas ao ano. O transporte era precário, para fazer o produto chegar aos principais centros consumidores. O trem só chegaria 72 anos depois.

Estação das Bananeiras.

As edificações do Período colonial (séc.18), neoclássico, ecléticos, art-decô e protomodernistas, que ainda existem na cidade, são o resultado da opulência vivida pela aristocracia rural. O dinheiro do café permitia a construção de palacetes, com ladrilhos importados. O fausto do café acabou em 1923, com a praga Cerococus paraibensis, que contaminou as plantações. A cana-de-açúcar, o fumo, o arroz e, posteriormente, o sisal, passaram a figurar como produtos estratégicos da economia regional. Isto tornou a cidade uma das mais ricas daquela região, riqueza esta expressa na arquitetura de seus casarões.

Paramos na pousada Estação das Bananeiras, experimentamos a sua sobremesa feita com banana, mais comentada da região, encontramos dois casais de amigos e a partir dai a viajem foi só violão, bons vinhos, gargalhadas e muita diversão.

Estação das bananeiras.
Um velho e cansado Aperol rsss…

Fomos conhecer o restaurante Divino Casarão (Já perceberam que eu adoro falar em restaurantes, né?! Amo comer rssss…). Noite de sábado, estava frio também. Quase todos os Restaurantes tinham musica ao vivo, mas garanto que nenhum chegou ser tão animada como a noite do Casarão, ao som de Rogério Ribeiro. Os donos do estabelecimento são de uma simpatia que vou te contar, fomos muito bem recebidos.

No Domingo, conhecemos a Bica dos Cocos. Um local rústico, com uma queda d’agua atrativa, comida boa e atendimento nota 10. É um restaurante familiar, Dona Neném fica na cozinha e é uma doçura de pessoa. Comemos uma buchada de galinha, que meu amor, não vi nesse mundo algo tão gostoso. Tripa, fava verde, rubacão… comidas regionais de muita qualidade. O encanto do local vale a visita. Uma dica: quem for curtir a queda d’agua leve protetor solar e repelente.

Entrada da Bica dos Cocos.
Bica dos Cocos.
Restaurante aconchegante da Bica dos Cocos.

Conhecemos também a famosa Cachoeira do Roncador a 13 km de Bananeiras. Infelizmente estava em um período ruim, estava um pouco seca, mas vale sim a visita. A vista do plantio das bananeiras na estrada é algo tão encantador, o verde, os pássaros, a natureza em si, é uma das formas mais simples e singelas de que Deus dos altos céus, cuida de cada um de nós de uma maneira rica e especial.

Bananeiras é incrível e vale muito a pena visitar, inclusive já estou de malas prontas pra retornar o mais rápido possível. Tirando a estrada péssima do Rio Grande do Norte, quando acabaram os buracos, você já sabe que chegou na Paraíba.

Espero que tenham gostado do meu humilde feedback e das dicas que pude compartilhar.

Mais uma dica marota e de grande utilidade é que todos esses restaurantes que mencionei, fazem uso da famosa rolha free, ajudando ao seu bolsinho no final da viajem.

Já dizia o amigo Ribeiro Couto: Todas as viagens são lindas, mesmo as que fizeres nas ruas do teu bairro. O encanto dependerá do teu estado de alma.

Até a próxima!!!

prima

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