Um caso inusitado ocorreu durante a sessão do juri popular realizado nesta terça-feira (28), em Venâncio Aires. Às 9h iniciou o julgamento de Lisandro Rafael Posselt (28), acusado de tentativa de feminicídio contra Micheli Schlosser (25), ocorrido no dia 11 de agosto de 2019, no Centro de Venâncio.
O homem desferiu cinco disparos de arma de fogo contra a vítima, em fato ocorrido na Travessa São Sebastião Mártir. Durante o julgamento na manhã de hoje, a vítima pediu licença para o juiz presidente da sessão, se dirigiu até o réu, o abraçou e lhe deu um beijo na boca. A mulher ainda teria afirmado que o crime aconteceu após uma provocação dela e que o homem já teria pago pelo seu erro.
O crime
Na noite do dia 11 de agosto de 2019 (um domingo), Micheli estava nas imediações da Igreja Matriz, na rua Osvaldo Aranha. No momento em que a vítima e familiares entravam em um automóvel, o acusado se aproximou em uma moto Honda Biz e desferiu sete disparos contra ela. Cinco deles atingiram a vítima – dois na cabeça, dois no braço esquerdo e um nas costas. Não houve perfuração no corpo da vítima pelos projéteis porque a munição utilizada estava carregada com uma quantidade reduzida de pólvora. A jovem foi levada para atendimento no Hospital São Sebastião Mártir.
Posselt foi preso três dias depois – na tarde do dia 14 de agosto de 2019 – em Venâncio Aires. A ação, realizada pela Delegacia de Polícia (DP) de Venâncio, foi decorrente do cumprimento de um mandado de prisão preventiva. Lisandro Rafael Posselt (28), se apresentou na DP acompanhado de um advogado. Ele também entregou um revólver calibre 22, o qual teria sido o utilizado no crime. A motivação seria ciúmes. Na ocasião, ele foi recolhido à Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (Peva).
Enquanto o homem estava preso, Michelli chegou a pedir medida protetiva contra o réu. Depois, pediu autorização judicial para visitá-lo na prisão, que foi negada.
No júri desta terça-feira (28), Posselt foi condenado a sete anos de prisão no regime semiaberto e poderá responder em liberdade por ser réu primário. São cinco anos pelo crime de tentativa feminicídio e outros dois pelo porte ilegal de arma de fogo. Com isso, ele não precisou retornar à Peva. AD/MS/RS
Fonte: Independente.