Fundadora da Comissão Feminina do Carnaval de Rua de SP revela frustração nos diálogos com a prefeitura

No primeiro Carnaval da comissão, Thais Haliski, uma das fundadoras, avalia o crescimento do protagonismo feminino nos blocos de rua e diz que apesar da boa interlocução com o poder público, a troca de gestores na Cultura no fim de 2019, dificultou os planos do grupo

Quando foi criada em agosto de 2019, a Comissão Feminina do Carnaval de Rua de São Paulo queria aproximar as mulheres que integram blocos de rua da festa na cidade, fazer com que suas vozes fossem ouvidas pelo poder municipal e estabelecer uma série de ações em benefício das folionas. Uma das reinvindicações, por exemplo, foi um aumento no efetivo feminino na festa – seja de mulheres policiais militares ou da guarda civil metropolitana. A poucos dias para o primeiro Carnaval após a iniciativa, a sensação, segundo Thais Haliski, uma das fundadoras, é de estar no caminho certo, mas com a certeza de que ainda há muito o que se fazer.

“Quando o Fórum de Blocos foi criado, só podia participar os representantes legais dos blocos, que eram majoritariamente homens. Fizemos a comissão para que as mulheres que participam, que são produtoras, que tocam em blocos, mas não necessariamente são representantes legais, pudessem se juntar e discutir as políticas públicas para o Carnaval”, conta Thais, que integra o Acadêmicos da Cerca Frango, Confraria do Pasmado e Belém Belém.

“A gente teve boa interlocução com a prefeitura, mas quando houve a troca de gestores na Cultura no fim do ano, ficou muito dificil. Tudo que planejamos nas reuniões foi praticamente ignorado”, lamenta. “A única coisa que posso dizer que a gente pôde contribuir foi na instalação de mais tendas (ponto de suporte da prefeitura para acolhimento em casos de assédio, por exemplo). Existia essa interlocução, mas em dado momento se perdeu e foi bem frustrante”, diz.

Fonte: Marie Claire

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