Foto: Ayrton Freire/Inter TV Cabugi
A secretaria de Estado de Saúde Pública divulgou na quinta-feira (30) que já foram realizados testes em 5.044 pacientes no Rio Grande do Norte, o que representa apenas 0,03% da população potiguar, estimada em 3,4 milhões de pessoas, segundo o último censo divulgado pelo IBGE, em 2014.
O primeiro caso de Covid-19 no Estado foi confirmado em 12 de março pelos órgãos de vigilância sanitária. Sem dinheiro e apoio do Ministério da Saúde para realizar testes em massa, o Governo do Rio Grande do Norte optou por examinar apenas aqueles pacientes que dão entrada na rede pública e privada de saúde em estado grave. A metodologia vem sendo usada nos demais estados do país.
Segundo o titular da Sesap Cipriano Maia, dos 5.044 exames realizados até o momento, 1.177 confirmaram positivo para a Covid-19, um percentual de 23%. Isso significa que a cada cinco testes realizados, apenas um paciente é diagnosticado com a doença. O índice, apesar de baixo, segue o padrão nacional.
Na coletiva realizada na quinta-feira (30), Cipriano Maia voltou a criticar o Governo Federal pela falta de apoio e citou uma reunião realizada quarta-feira (29) entre os governadores de todos os estados do país e o novo ministro da Saúde Nelson Teich na qual nada foi assegurado pelo titular da pasta.
– Estamos acelerando o plano de contingência mesmo diante das dificuldades do apoio do Ministério da Saúde. Houve a reunião de todos os governadores, que cobraram apoio necessário para efetivação desses planos, além de respiradores, monitores, equipamentos de proteção individual e mais testes, mas o Ministério da Saúde encontra dificuldade”, afirmou.
Maia destacou que o percentual de confirmações é baixo em razão não disponibilidade de testes em massa. Os órgãos de saúde do Estado já informaram em entrevistas coletivas anteriores que contam com uma subnotificação grande no Estado em razão da falta de testes. Ele adiantou, no entanto, que o governo já trabalha em parceria com a UFRN para uma pesquisa sorológica “para se ter uma evolução mais clara da pandemia”.
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