Um novo estudo concluiu que os óvulos de mulheres grávidas com Covid-19 não podem ser infectados pelo novo coronavírus.
A descoberta pioneira no campo da reprodução assistida e fertilidade, feita por pesquisadores dos laboratórios Eugin, de Barcelona, revela que a infecção vertical mãe-feto não ocorreria através dos óvulos.
Um total de 16 óvulos de duas mulheres submetidas a estimulação ovariana controlada foram coletados. Elas foram diagnosticadas com a Covid-19 no dia da extração do ovócito, mas estavam assintomáticas.
Os gametas femininos foram analisados e em nenhum foi identificada a presença do RNA do novo coronavírus.
Desde a aparição da Covid-19, verificou-se que ele pode afetar diferentes tecidos e órgãos, entretanto, o efeito na função reprodutiva tem sido pouco estudado até o momento.
Uma das principais preocupações acerca dos tratamentos de reprodução assistida durante a pandemia era a possível transmissão vertical do SARS-CoV-2 através de gametas e embriões.
Deste modo, ainda não estava claro se o vírus poderia infectar gametas humanos ou se ovócitos fertilizados de mulheres com o vírus poderiam levar à infecção do embrião em desenvolvimento.
Com a descoberta dos pesquisadores espanhóis uma nova perspectiva de retomada dos tratamentos de fertilização in vitro é lançada, apesar do contexto de pandemia.
Os óvulos podem, portanto, ser coletados e congelados, uma vez que não ocorre a infecção vertical.
Assim, pacientes de todo o mundo que optem pelo uso desta técnica podem retomar o sonho de ter filhos.
CNN BRASIL