Para criminalizar ‘haters’, deputado apresenta projeto de lei com nome do filho de Walkyria Santos

O PL batizado Lucas Santos, do deputado federal Julian Lemos (PSL-PB), prevê a criminalização da prática no mundo virtual

Lucas Santos

O deputado federal Julian Lemos (PSL-PB) apresentou nesta quarta-feira (4), na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei (PL) de número 2699/2021, denominado Lucas Santos, em referência ao filho de 16 anos da cantora Walkyria Santos, que morreu na terça-feira (3), após sofrer ataques e comentários homofóbicos na Internet por publicar um vídeo no TikTok.Ofensores de Lucas Santos podem ser presos se identificada homofobiaWalkyria Santos chora em live e lamenta: ‘não queira perder um filho’

O Projeto de Lei prever a criminalização da prática de ‘haters’ no mundo virtual, com pena de um a quatro anos de prisão, além de multa, para quem disseminar ódio ou proferir comentários discriminatórios de qualquer natureza, que causem danos à integridade psíquica da criança e do adolescente.

A responsabilização civil e criminal se dará, segundo o PL, para aqueles que por ação ou omissão efetuarem essa prática em redes sociais ou quaisquer meios que facilite a sua propagação. Também determina que respondam criminalmente as redes sociais que permitirem ativas contas administradas por menores de idade.

Por fim, comentários racistas, xenófobos, misóginos ou qualquer outro que cause dano à integridade psíquica da criança e do adolescente, não excluídos pelas plataformas digitais, poderão levar a diretoria das redes a responder criminalmente, segundo o PL. 

DEBATE NECESSÁRIO 

Ao apresentar a proposta da Lei Lucas Santos, o deputado Julian Lemos propôs o debate sobre o problema, defendendo que a prática passe a ser monitorada por vias legais. 

“A rede social precisa de um olhar especial por parte do nosso País, para que a gente possa colocar um freio em quem pratica esse jogo duro, perverso e cruel, que às vezes é como se fosse o disparo de um gatilho, fazendo com que pessoas comecem a entrar em depressão e a aflorar sentimentos que muitas vezes não sabem lidar”, diz o deputado. 

Diário do Nordeste

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