Foto: Kevin Mohatt / REUTERS
O governo dos EUA detalhou as exigências que passarão a ser feitas a partir do dia 8 de novembro, quando o país vai eliminar a maior parte das restrições impostas a viajantes estrangeiros — incluindo as medidas especiais aplicadas a viajantes vindos da União Europeia e do Brasil. Entre as determinações, estão a vacinação dos passageiros, testes realizados antes do embarque e o acompanhamento dos viajantes.
O plano é dividido em três pontos centrais: o primeiro, como declara o texto da ordem executiva, é a vacinação. Os viajantes com mais de 18 anos a caminho dos EUA deverão providenciar, antes do embarque, prova de que concluíram o ciclo vacinal com uma ou duas doses, dependendo do tipo de imunizante, pelo menos duas semanas antes da data do embarque. As companhias aéreas, diz a ordem, serão responsáveis por conferir o documento e determinar se ele é válido.
No começo do mês, o Centro de Controle de Doenças (CDC) afirmou que as autoridades americanas aceitariam viajantes imunizados com as vacinas aprovadas para uso pela Organização Mundial da Saúde: Moderna, Pfizer/BioNTech, Janssen, Oxford/AstraZeneca, CoronaVac e Sinopharm. Dessas, só as três primeiras eram aceitas pelo governo americano. Pessoas imunizadas com doses de vacinas diferentes também poderão entrar nos EUA, desde que as duas doses constem da lista de vacinas liberadas. A Sputnik-V, do laboratório russo Gamaleya e aprovada para uso em mais de 70 países, não será aceita.
Exceções
De acordo com a Casa Branca, haverá algumas exceções: pessoas com menos de 18 anos e vindas de países com taxa de imunização abaixo de 10%, viajando por razões não turísticas, terão a passagem liberada, mas se permanecerem em solo americano por mais de 60 dias terão obrigatoriamente que se vacinar.
Outro ponto é a necessidade, essa válida para todos, de apresentar um teste com resultado negativo antes do embarque para os EUA. Pessoas já vacinadas precisam realizar o teste até três dias antes da data da viagem, mas aqueles que entrarem sem vacinação terão que se testar na véspera da viagem. Crianças com menos de dois anos e aqueles que comprovarem terem sido infectados pela Covid-19 até três meses antes do embarque não precisarão apresentar testes.
Por fim, o terceiro ponto é a apresentação de informações de contato, recolhidas pelas empresas aéreas antes do embarque. Segundo a Casa Branca, isso vai permitir uma melhor coordenação entre as companhias e agências públicas de saúde, para compartilhar informações quando necessário e identificar possíveis contágios.
Com as novas regras, os EUA efetivamente deixam de aplicar, a partir do dia 8 de novembro, as duras restrições impostas em especial a passageiros que tenham passado pelo território de 33 países, incluindo o Brasil, Índia e China, nos 14 dias anteriores ao voo.
O Globo