Bolsa cai 4,86% desde eleição de Lula; cotação do dólar comercial subiu 2,08% no período

Foto: Sergio Lima

O Ibovespa, principal índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), caiu 4,86% desde a eleição que deu a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida ao Palácio do Planalto. Saiu de 114.539 pontos para 108.976 pontos.

Os agentes econômicos operam em cautela com a negociação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) fura-teto. O governo eleito apresentou um texto que prevê tirar R$ 198 bilhões do teto de gastos. Os investidores têm preocupações com um desequilíbrio fiscal que pode desencadear no aumento da dívida pública, inflação e taxas de juros.

Os juros futuros fecharam em alta na B3. Os contratos com vencimento em janeiro de 2025 aumentaram de 13,65% para 13,90% nesta 6ª feira (25.nov.2022). O mercado reagiu mal ao discurso do ex-ministro da Educação Fernando Haddad, que está cotado para assumir o Ministério da Economia. Ele palestrou em evento da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), representando o presidente eleito.

Ele disse que o teto de gastos não conseguiu frear a piora das despesas públicas, mas não apresentou propostas que garantam a responsabilidade fiscal do futuro governo.

O cenário de cautela também é percebido com a cotação do dólar comercial. A moeda norte-americana fechou cotada a R$ 5,41. O valor representa uma alta de 2,08% em relação à véspera das eleições.

Os juros futuros com vencimento em janeiro de 2025 subiram 1,98 pontos percentuais desde a vitória de Lula. Em 2018, as 4 primeiras semanas registraram uma queda de 0,26 pontos percentuais nos juros contratados para janeiro de 2021.

Conhecido como risco Brasil, o CDS (Credit Default Swap) de 5 anos estava a 262 pontos nesta 6ª feira (25.nov.2022). Caiu 17,5 pontos desde o pleito.

Poder 360

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