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Cotada para um cargo de projeção e prestígio fora do Brasil, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) descartou a possibilidade de ir para o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o Banco dos Brics. Sediado em Xangai, na China, o posto foi considerado muito distante pela petista.
De acordo com interlocutores da ex-mandatária, estão sendo discutidas as possibilidades de que ela assuma um cargo na União de Nações Sul-Americanas (Unasul), foro criado em 2008 e que deve ser retomado neste ano, ou em um órgão da ONU, como a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).
Como antecipou a coluna, a ideia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é fazer um resgate histórico da petista, que sofreu um impeachment em 2016. O amplo trânsito dela entre líderes internacionais pesa para que a possibilidade se concretize, e a ex-presidente já sinalizou ter interesse em atuar fora do país.
No ano passado, Lula fez questão de elogiar e dar destaque a Dilma em diversos atos de campanha. As iniciativas incomodavam estrategistas do petista, que temiam que a imagem da ex-presidente, que deixou o cargo mal avaliada, espantasse eleitores que votavam no petista mais por aversão a Jair Bolsonaro (PL) do que por admiração a seus governos.
Após se sagrar vencedor no pleito, Lula fez rasgados elogios a Dilma no discurso de vitória na avenida Paulista, em São Paulo. A ex-presidente foi ovacionada pela militância que participava da celebração.
Folha- Mônica Bergamo