A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) inicia o ano letivo 2023 na segunda-feira (6) com um orçamento de custeio de R$ 89,5 milhões e uma dívida de aproximadamente R$ 11 milhões com fornecedores. O orçamento para manter a instituição funcionando é 12,3% menor quando comparado ao do ano passado – cerca de R$ 12,6 milhões a menos. Para 2022, foi aprovado um orçamento de R$ 102,2 milhões, mas no meio do ano, houve um corte de R$ 11,8 milhões, restando assim cerca de R$ 90,4 milhões. Para 2023 o cenário é ainda pior porque o orçamento programado ainda fica abaixo do que restou para 2022 após os cortes. Para assistência estudantil, a verba também caiu. Passou de R$ 30,5 milhões para R$ 29,5 milhões.
Reitor diz que redução orçamentária impediu universidade de arcar com orçamento pensado inicialmente, resultando em dívidas
“A situação é de preocupação ainda maior do que a gente tinha”, analisa o reitor da UFRN, José Daniel Diniz Melo. O cenário se agravou no meio do ano, lembra Melo. “À época eu dizia que a universidade não iria fechar as portas porque isso não pode acontecer, mas que a universidade não conseguiria pagar suas obrigações com o corte que houve no meio do ano”, explica. A redução fez com que a UFRN não conseguisse arcar com o orçamento pensado inicialmente, o que resultou em uma dívida de R$ 11,8 milhões. A maior parte dos débitos é referente ao fornecimento de energia elétrica.