Os embates na política potiguar sempre foram emblemáticos, alguns pelas fervorosas argumentações, outros pelas complexas alianças eleitorais e alguns pela agressividade dos adversários. Este último, particularmente, não é saudável para nenhuma democracia do mundo. Mas repetiu-se aqui no Estado, na semana que eclodiu os atentados aos órgãos, veículos e instituições por bandidos.
No meio deste caos generalizado, em que se cobra por ônus da função a classe política, coube ao deputado estadual Francisco do PT ser vítima de uma máquina de xingamentos e discursos de ódio. A oposição ao Governo Fátima foi as redes associar o cumprimento de uma prisão de um familiar do parlamentar aos ataques no Estado, induzindo a população a crer que este crime isolado seria coordenado pelo deputado.
A acusação, que por si só é infundamentada, fere inúmeros princípios de quem ocupa funções públicas e faz da política seu espaço de atuação. O deputado não está isento das criticas políticas e administrativas, mas jamais poderia estar no cerne do debate sobre uma situação que aconteceu sem qualquer indicio de seu envolvimento.
Emocionado, Francisco foi a tribuna relembrar sua história de vida, cercada de muitas dificuldades para lembrar o óbvio: nem tudo que primos, irmãos, ou quem quer seja o familiar praticam, é necessariamente responsabilidade da família, e mais: na política não cabe espaço para ódio.